Concerto de Ascensão


Evocação da tradição popular conhecida por “dia da espiga” outrora em 5ª feira de Ascensão, a realizar na Sé de Évora, pelas 17h00, no dia 21 de Maio próximo

Évora orgulha-se de um valioso património histórico e cultural, facto que contribuiu para a sua classificação pela UNESCO como Património da Humanidade. Compete-nos, pois, conservá-lo, valorizá-lo e divulgá-lo, se queremos mostrar a nossa identidade a quem nos visita.

A Sé de Évora figura como um dos mais emblemáticos monumentos da cidade, quer pela sua antiguidade (séc. XIII-XIV), quer pela sua beleza arquitetónica, quer pelo seu rico património artístico e cultural. Ela vale não só por si mesma, mas sobretudo pelo que aí se gerou em termos culturais, pela força da fé que necessita permanentemente de expressão artística para se traduzir de forma visível. Neste caso, destaca-se particularmente o canto polifónico, em que a Sé se tornou famosa aquém e além-fronteiras, pela sua Escola de Música, que vingou até finais do séc. XIX. A testemunhar esses tempos, existem ainda dois órgãos, um quinhentista e outro setecentista, que serviam para acompanhar o canto litúrgico e que atualmente ainda o fazem.

Para evocar esses tempos, vai realizar-se no próximo dia 21 de Maio, pelas 17h00, um concerto que dará início a um ciclo de espetáculos musicais. Este primeiro pretende assinalar uma tradição antiga associada à festa da Ascensão – “dia da espiga” – e que consistia em ir ao campo, fazer um ramo de espigas e flores, trazê-lo para casa e colocá-lo atrás da porta como sinal da bênção de Deus que era pedida para as colheitas. Trata-se de um espetáculo musical, com órgão, oboé e canto, integrado no projeto da Rede de Museus de Évora, aprovado pelo PO Regional Alentejo 2020 e liderado pela ERT (Entidade Regional do Turismo). A entrada é livre.